Escolas Transformadoras Amigos do Verde (RS) e Vila Verde (GO) promovem roda de conversa sobre educação
O Programa Escolas Transformadoras tem como grande potência conectar escolas que estão repensando os modelos e processos de educação, acreditando, pra isso, na potência de agir de cada sujeito. No Brasil, são 15 escolas que, por meio de suas práticas, acreditam que todos podem ser agentes de transformação. Essas Escolas estão organizadas em rede, numa relação de troca e aprendizados constantes.
No último dia 28 de setembro, a Escola Vila Verde, localizada em Goiás, e a Escola Amigos do Verde, do Rio Grande do Sul, reuniram-se em Porto Alegre (RS) para uma roda de conversa aberta sobre suas atuações. Apesar de estarem inseridas em contextos distintos, ambas tem concepções de sujeito, de sociedade e de educação bastante similares. Acredita-se, por exemplo, no sujeito como protagonista de seu aprendizado e de sua história (e, o mais importante, coloca-se em prática tal crença).
Na Roda de Conversa, as Escolas foram representadas por Silvia Lignon Carneiro (Amigos do Verde) e Fernando Leão (Vila Verde). Participaram do debate interessados de diferentes áreas como ambiental, nutrição, educação física, filosofia e educadores de educação infantil e ensino fundamental de escolas públicas e privadas. “As pessoas querem muito trocar! Olhares diferentes enriquecem a nossa prática e nos fortalecem”, comentou Silvia.
Em diálogo com os participantes, para além de relatar as características das propostas pedagógicas de suas escolas, Fernando e Silvia falaram sobre a permanente interlocução que estabelecem com a esfera pública, reafirmando a importância de levar a atuação da escola para além de seus próprios muros.
Rafael Padilha, professor da rede pública municipal de Porto Alegre,participou do encontro e, para ele, a roda de conversa pode ser pensada sob o lema “honrar a criança”, um tema que atravessa as experiências das duas escolas presentes e também o desejo daqueles que estavam lá para ouvir e falar a partir de suas próprias experiências. “Honrar a criança significa fazer com que a escola valorize a autonomia das pessoas – algo por si só revolucionário se lembrarmos de que a escola tradicional tem sido um espaço disciplinador do corpo, da mente e do espírito”, comentou, destacando a importância deste tipo de encontro para a renovação da crença em outra escola e outra educação.
A roda de conversa evidenciou a necessidade e o desafio de estreitar o intercâmbio entre instituições e pessoas que estão abertas a repensar os modelos tradicionais de ensino.
Veja fotos do encontro!