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EMEF Anne Frank realiza seminário sobre inclusão nas escolas

EMEF Anne Frank realiza seminário sobre inclusão nas escolas

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O seminário deste ano, o XVI Seminário Socioambiental, aconteceu entre os dias 8 e 10 de junho, com o tema “Escola Transformadora no Trabalho com a Diversidade” – contando com a participação de 200 pessoas ao longo dos três dias de evento. A cada ano, a Escola Municipal Anne Frank, localizada no bairro Confisco, na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), realiza seminários em que os temas são escolhidos a partir da sugestão de professores, da coordenação pedagógica e da comunidade.

Palestras, painel de debates e explanações foram algumas das estratégias utilizadas para expor o cenário de uma escola que atua na formação de cidadãos capazes de transformar a realidade em que vivem. O desafio de trabalhar a diversidade na escola foi o tema desenvolvido pelos convidados nas mesas de debate, que trataram de questões importantes para o cotidiano escolar, como, por exemplo, a Inclusão Social, apresentada por Walter Ernesto Ude Marques e Eliane Vilassante; Pedagogia Ecossistêmica, por Clarissa Pereira; Educação das Relações Étnico-raciais, por Mara Evaristo; O trabalho com os estudantes com deficiência, por Maria Cristina Braga Abreu e Patrícia Cunha.

Além das mesas, houve também palestras com parceiros da escola, como Akauito Teixeira, da Clínica Espaço do Saber, que falou sobre “A Importância da Empatia na Educação”; Antônio Lovato, da Ashoka, e Maria do Pilar Lacerda, da Comunidade Ativadora e Diretora da SM Brasil, que realizaram palestra sobre “Escolas Transformadoras e Comunidades Ativadoras”. Maria do Socorro Lages, diretora da EMEF Paulo Freire, também da rede de Escolas Transformadoras, fez um breve relato de experiência dos projetos desenvolvidos pela escola. A diretora da EMEF Anne Frank, juntamente com o coordenador do projeto Verena e o Capitão Gomes, da 17º Companhia da Polícia Militar, apresentaram o tema “O Trabalho em Rede na Diversidade Cultural”. Mayara de Carvalho, Doutoranda em Direito pela UFMG, tratou da questão da “Comunicação Não Violenta”.

A coordenadora pedagógica da EMEF Anne Frank, Andréa Cristina Ferreira de Almeida, apresentou a metodologia e a rotina da escola, mostrando um pouco da produção dos estudantes e da comunidade no desenvolvimento de projetos, como a Rede Confisco pela Paz, Show da Paz, Semana do Livro Aberto e a construção do coletor de água de chuva. Alguns deles contam com a parceria de instituições e de pessoas da própria comunidade, procurando melhorar a autoestima dos estudantes e valorizar o pertencimento ao bairro, mesmo com todos seus desafios. “Nossos projetos valorizam e trabalham a autoestima e o protagonismo. Nada melhor do que conhecer a própria história para valorizá-la”, ressalta Andréa. A escola trabalha visando a apropriação e o resgate da história de luta dos moradores do bairro Confisco e das relações étnico-raciais, preponderante para a superação de preconceitos e a elevação da autoestima – necessárias para que o aluno se reconheça enquanto negro.

O seminário teve como objetivo valorizar a participação da comunidade escolar e local; refletir sobre a diversidade no interior da escola e buscar formas de trabalhá-la; promover a interlocução entre a escola Anne Frank e as comunidades ativadoras do programa Escolas Transformadoras; avaliar a caminhada educacional da escola no trabalho com a diversidade e pensar ações que possam superar problemas que estão relacionados ao tema. Nesta 16ª edição, o Seminário Socioambiental também foi uma das estratégias de formação para a efetivação da Cultura de Paz e da prática de uma educação transformadora.

Uma história construída em parceria com a comunidade

Em 2017, a EMEF Anne Frank completa 26 anos de efetivo trabalho prestado ao bairro Confisco. Em sua caminhada, a escola sempre procurou manter uma parceria contínua com a comunidade em suas conquistas no campo social e realizar diálogos constantes para pensar a educação. “Acreditamos em uma escola que promova a aprendizagem a partir de uma compreensão mais ampla do processo educativo”, afirma a diretora Sandra Mara Vicente.

Para ela, o seminário alcançou seu objetivo. “A proposta era oferecer aos professores uma formação que fortaleça o trabalho pedagógico já desenvolvido e apontar novos caminhos para a superação dos problemas, buscando fazer da Anne Frank um espaço real de transformação social e de fortalecimento de valores como o diálogo, a tolerância e a solidariedade.”

Alessandra Luisa Teixeira, Gerente Regional de Educação na Pampulha, acredita que o trabalho pedagógico desenvolvido na escola promove, de fato, a formação integral dos estudantes. “Ele possibilita o desenvolvimento intelectual, emocional e político, formando, assim, um cidadão consciente de sua responsabilidade na transformação social.”

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