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“Que tipo de cidadão nós queremos construir com a Base Nacional?”

“Que tipo de cidadão nós queremos construir com a Base Nacional?”

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O segundo encontro da série ‘Escolas Transformadoras Debate’ discutiu qual a relação da Base Nacional com a formação de sujeitos transformadores

Por William Nunes

Na última terça-feira (02 de maio), aconteceu o segundo encontro da série “Escolas Transformadoras Debate”. A segunda edição da série, transmitida ao vivo pelo Facebook, refletiu sobre a nova versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sobre quais os seus reflexos na formação de crianças e jovens transformadores.

Participaram do debate Fátima Limaverde (Escola Vila/CE), Moacir Fagundes de Freitas (EMEF Anne Frank/MG) e Anna Helena Altenfelder (Superintendente do CENPEC). Todos integram a Comunidade Ativadora do Programa Escolas Transformadoras e compartilharam suas visões em relação à Base Nacional.

A Base representa uma oportunidade para pensar um novo projeto de educação para o país, por isso é tão importante nos debruçarmos sobre ela. Fátima Limaverde, diretora da Escola Vila, alerta para a questão da diversidade. A educadora conta que já trabalhou em três escolas que, embora situadas perto uma da outra, possuíam culturas muito diferentes (quilombolas, indígenas, etc). “Como abraçar todos esses saberes e toda a diversidade humana que temos? Será um grande desafio fazer uma Base Comum para tamanha diversidade”, concluiu.

 

“É preciso estreitar a relação entre a educação e a vida dos meninos.”

– Moacir Fagundes, da EMEF Anne Frank/MG

 

 

Ainda sobre o desafio da Base em conseguir envolver toda a diversidade existente no Brasil, Moacir Fagundes, da EMEF Anne Frank, considera que há algumas contradições na nova versão. “O texto várias vezes cita a formação do sujeito integral, mas, ao mesmo tempo, desconsidera a pluralidade humana. “Portanto, a partir do momento em que a Base se cala ou fala superficialmente sobre a cultura afro-brasileira, a questão de gênero ou a questão da sexualidade, ela está negando essa formação de um ser humano integral. Vamos ter que lutar bastante para desconstruir esses problemas”, explica Moacir.

Ana Helena Altenfelder demonstrou preocupação em relação à forma como a Base Curricular Comum será implementada. Também lembrou que a Base Nacional está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) e que, se executada sozinha, não terá efeito. “Ela [a BNCC] tem um grande potencial que precisa ser discutido e eu não vejo como algo antagônico. Vejo a Base garantindo direitos, mas abrindo possibilidades para que a diversidade possa ser acolhida e ser trabalhada. Queremos que todas as crianças sejam capazes de respeitar a diversidade, mas deve haver espaços de autonomia para as culturas específicas”.

A pergunta “que tipo de cidadão nós queremos construir com a Base Nacional?” norteou a discussão e, de acordo com os convidados, é essa a pergunta que deve guiar a construção de uma Base Curricular: sob uma perspectiva da formação integral, visando uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

Confira o debate na íntegra!

O debate foi o segundo da série ‘Escolas Transformadoras Debate’, que, ao longo de 2017, trará profissionais de diversas áreas para discutir temas que estão em alta no cenário educacional brasileiro.

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