EMEF Desembargador Amorim Lima (SP)

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A possibilidade de reinventar a educação me move. E a reinventamos diariamente, sempre em comunidade. A escola tem que fazer sentido para todos.”

Ana Elisa Siqueira
Diretora da EMEF Desembargador Amorim Lima

Em 1956, nasce a primeira Escola Isolada da Vila Indiana, situada na Rua Corinto, em São Paulo (SP). Sua primeira organizadora foi a professora Yolanda Limongelle. Antes de se chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, a escola teve ainda os seguintes nomes: Escolas Reunidas de Vila Indiana e Escola Agrupada Municipal de Vila Indiana. Em 1968, ganhou o endereço atual, no Butantã, zona oeste da capital paulista.

Foi a partir de 1996, com a chegada da diretora Ana Elisa Siqueira, que a escola passou a viver suas transformações mais profundas. Preocupada com a alta evasão escolar – e ciente do triste fim que os alunos evadidos tinham, visto que, para muitos, a escola era seu único vínculo social concreto –, o primeiro esforço da nova diretoria foi tentar manter os alunos na escola durante o maior tempo possível. Naquele momento, a escola decidiu derrubar os alambrados que impediam a circulação no pátio, num voto de respeito e confiança. O espaço, que passou a ser aberto aos fins de semana, foi significativamente melhorado, tornando-se um local agradável e voltado à convivência. A escola foi, enfim, aberta à comunidade.

Em 2003, a Amorim Lima entrou em contato com a pedagogia da Escola da Ponte, de Portugal, através de uma consultoria com a psicóloga Rosely Sayão, iniciando, assim, o processo de maior transformação no ensino da escola. Naquele ano, as paredes das salas de aula foram derrubadas e, em seu lugar, formaram-se grandes salões de aprendizagem.

Desde então, o aluno tem a oportunidade de se desenvolver por meio de um projeto pedagógico bastante diferente do que se conhece nas escolas públicas tradicionais. A Amorim Lima visa a um compromisso coletivo em que seus agentes se engajem no processo de aprimoramento cultural e pessoal de todos, de forma integral, e na construção de uma intencionalidade educativa clara e compartilhada.

Clique nas abas azuis para saber mais.

1. Por que a EMEF Des. Amorim Lima é uma Escola Transformadora?

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima é reconhecida no país como uma escola inovadora por ser a primeira escola pública do Brasil a adotar o modelo da Escola da Ponte, idealizada pelo educador português José Pacheco, e ter, efetivamente, derrubado os muros internos entre as salas de aula.

A pedagogia da escola está em contínua construção e deriva de um trabalho comunitário, que envolve não apenas a equipe da escola, mas também alunos e pais. Para Ana Elisa Siqueira, diretora da escola, envolver a comunidade é primordial, pois ela configura-se como a verdadeira mantenedora do projeto escolar.

O Conselho Escolar, junto à comunidade, delibera sobre as principais diretrizes da instituição. A escola também tem uma comissão pedagógica menor, formada por pais, professores, alunos e gestores, que se reúne semanalmente para tomar decisões cotidianas.

A partir do envolvimento ativo de pais e alunos, a Amorim Lima baseia-se em valores como solidariedade, respeito, democracia e participação. Educadores e educandos trabalham juntos, em uma dinâmica de troca e constante aprendizagem.

A escola propicia vivências e atividades que colocam o aluno como protagonista de seu aprendizado, dando real sentido aos conteúdos discutidos. A Amorim Lima é transformadora pois foi construída a partir do envolvimento com a comunidade, e está em constante transformação, sempre repensando as necessidades reais dos alunos e professores.

 

2. As práticas e as competências transformadoras

Os alunos da EMEF Desembargador Amorim Lima têm grande liberdade e autonomia para aprender no seu ritmo e de acordo com seus interesses. A escola, em todas as práticas adotadas, propicia o desenvolvimento das quatro competências transformadoras: empatia, trabalho em equipe, criatividade e protagonismo (clique aqui e saiba mais sobre as 4 competências).

Uma vez que não há salas de aulas separadas e alunos em carteiras enfileiradas, professores e estudantes estão sempre convivendo e trabalhando em equipe. Além disso, o espaço da escola é cuidado por todos. Desta forma, o ambiente é favorável à constante troca e negociação entre os diferentes atores da comunidade escolar. Sendo assim, o trabalho em equipe e a liderança compartilhada tornam-se as grandes bases do dia a dia escolar.

Os conflitos na escola não são velados. Todos têm bastante espaço para colocar suas opiniões e fazer críticas, o que favorece a compreensão sobre si mesmo e sobre o outro. A empatia é desenvolvida diariamente nas relações interpessoais. Por ser um espaço de acolhimento e escuta, as relações entre os participantes da escola são marcadas por afetividade e respeito. Alunos, professores, diretores e familiares têm lugar para se colocar e, com isso, são sensíveis às colocações de seus companheiros.

A estrutura da Amorim Lima, da diretoria às salas de aula, é extremamente democrática. A gestão da escola acontece com a participação efetiva de pais e alunos. Todos são convidados a participar de forma ativa dos assuntos que afetam a comunidade escolar. Além de despertar a postura de protagonismo no aluno, a experiência gera senso de responsabilidade e liderança.

Os alunos assumem postura ativa e responsável em todas as situações vivenciadas na escola. Nas pesquisas que realizam, eles são incentivados, inicialmente, a tirar dúvidas entre si, só recorrendo ao professor caso a questão persista. Por meio dessas experiências, as competências transformadoras desenvolvem-se de forma natural e significativa.

Veja fotos da EMEF Desembargador Amorim Lima:

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