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Escolas Transformadoras participam de debate sobre educação transformadora na Faculdade Sumaré

Escolas Transformadoras participam de debate sobre educação transformadora na Faculdade Sumaré

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Colégio Viver e EMEF Desembargador Amorim Lima se uniram à equipe de Pedagogia da Sumaré para o debate “O contexto atual e os sentidos de uma educação transformadora”

Por Raphael Preto

A aposta em uma educação verdadeiramente transformadora exige da escola a construção de narrativas fortes e de uma intensa participação da comunidade local no cotidiano escolar. Manter fértil e pulsante essa relação repleta de dilemas requer a responsabilidade de todos aqueles que se envolvem e se engajam na transformação de sua própria vida e na vida de cada estudante.

Mas diante do contexto atual da sociedade brasileira e dos desafios que ele apresenta, como desenhar e dialogar sobre um projeto de educação transformadora que esteja preparado para atuar e compreender os campos de disputa e os grandes impasses do século XXI? Este foi o tema da discussão “O contexto atual e os sentidos de uma educação transformadora”, que marcou o lançamento regional do livro “O ser e o agir transformador – para mudar a conversa sobre educação” (baixe gratuitamente aqui), na Faculdade Sumaré, campus Tatuapé, em São Paulo, no último dia 11 de abril.

No encontro, os estudantes de Pedagogia da Faculdade Sumaré que estiveram presentes na plateia puderam refletir e dialogar sobre projetos educacionais que reconhecem o protagonismo infantil na escola e na comunidade. O debate foi transmitido ao vivo no Facebook do Escolas Transformadoras (assista abaixo, na íntegra). Participaram da conversa Maria Elena de Abreu Vercesi, coordenadora pedagógica da Faculdade Sumaré, Raquel Franzim, co-coordenadora do programa Escolas Transformadoras, Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Desembargador Amorim Lima, e Diogo Basei, diretor do Colégio Viver. A conversa foi mediada por Luciana Alves, coordenadora de Pesquisa e Extensão da Faculdade Sumaré.

Reconhecidas pelo programa como escolas transformadoras em 2015, o Colégio Viver e a EMEF Desembargador Amorim Lima apresentam trajetórias, cada um à sua maneira, que refletem ações de equipes que se mantêm firmes e unidos na luta por uma educação transformadora.

Ao trazer sua visão sobre os desafios atuais e como isso reflete na educação, a diretora Ana Elisa Siqueira defendeu que as instituições de ensino acabam sendo muito afetadas durante os momentos de turbulência política. “A maioria dos programas sociais que nós tínhamos dentro das escolas nos últimos anos acabou. O número de atividades extracurriculares disponíveis para os estudantes, por exemplo, foi muito reduzido. O momento é triste, mas precisamos transformá-lo.”

A diretora diz que, para que a transformação escolar seja alcançada, é preciso atacar o conformismo, convertendo cada pessoa em um agente transformador. “Ouvimos muito que a escola pública ‘é isso mesmo que está aí’, que é ruim, que não dá para mudar. A gente esquece que cada escola tem autonomia para construir seu próprio projeto. Fazer isso com a comunidade já é um ótimo primeiro passo.”

Desenvolver uma relação de parceria com a comunidade foi um dos primeiros desafios que Ana Elisa enfrentou quando assumiu a direção da instituição, há 22 anos. Para ela, manter essa proximidade exige dedicação permanente. “Criamos espaços de caráter deliberativo para conseguir fortalecer a gestão democrática. Hoje, somos cobrados para colocar toda a nossa teoria em prática e essa demanda vem da própria comunidade.”

O diretor do Colégio Viver, Diogo Basei, diz que sua escola também aposta na relação com a comunidade para obter um salto de qualidade na educação. “Acreditamos no poder dos seres humanos para transformar o mundo e o aprendizado. É preciso dar as mãos para enfrentar essa onda reacionária, conservadora e, por vezes, fascista”, constata o educador, ressaltando que o programa Escolas Transformadoras é uma importante rede de apoio para escolas e educadores.

A autonomia dos estudantes é peça-chave no sucesso das duas escolas. No Colégio Viver, o estudante pode definir uma parte do currículo, contando com o auxílio dos professores. A Escola Amorim Lima organiza a prática pedagógica por meio de roteiros de aprendizagem organizados em conjunto por alunos e professores, valorizando o protagonismo e enaltecendo a força do poder de escolha para a construção de sujeitos autônomos.

O papel do educador na construção dessa educação crítica e plural foi salientado por Maria Elena de Abreu Vercesi, coordenadora pedagógica da Faculdade Sumaré, que destacou a importância de uma formação multidisciplinar ao professor. “É necessário um tripé: conhecimento teórico, reflexão e pesquisa. Além das experiências adquiridas em todo o percurso de faculdade, do trabalho e da vida, que formam um profissional único.”

Para a cocoordenadora do programa Escolas Transformadoras, Raquel Franzim, as palavras “transformação” e “renovação” estão na moda. Por isso, é necessário dar verdadeiros sentidos a esses processos. “Queremos transformar o quê? Para quê? Precisamos olhar para o cenário atual, para os indicadores de desigualdade social, de bullying, e refletir sobre o papel da escola diante dessa realidade.”

Assista ao debate na íntegra no player abaixo:

Debate ao vivo: O contexto atual e os sentidos de uma educação transformadora

Quais os desafios, motivações e caminhos encontrados por escolas na formação de pessoas transformadoras e na transformação da sociedade?Para discutir este tema, participam desta roda de conversa as educadoras Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Desembargador Amorim Lima; Diogo Basei, diretor do Colégio Viver; Maria Elena de Abreu Vercesi, coordenadora pedagógica da Faculdade Sumaré; e Raquel Franzim, co-coordenadora do programa Escolas Transformadoras no Brasil. Participe e mande sua pergunta!

Posted by Escolas Transformadoras on Wednesday, April 11, 2018

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